Petrobras quer GNL como forma de substituir gás natural importado

Rio ? O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse hoje (18) que a empresa tem trabalhado para inserir o Gás Natural Liquefeito (GNL) na matriz energética do país em substituição ao projeto de ampliação do volume de gás natural importado da Bolívia, que passaria dos atuais 26 milhões de metros cúbicos por dia para 30 milhões de metros cúbicos diários até 2010.

Segundo ele, o GNL entraria como uma alternativa de abastecimento em demandas de pico e viria como uma solução permanente."Estamos trabalhando com essa alternativa de uma maneira muito firme. Estamos avaliando também os locais adequados para construirmos plantas de regaseificação (para devolver ao gás liquido a condição gasosa), que deverão ser instaladas no Sudeste e no Nordeste".

Os estudos mostram a necessidade de construção de duas a três plantas de regaseificação com capacidade de processamento de 5 milhões a 8 milhões de metros cúbicos diários. Cada uma exigiria investimentos de entre US$ 100 e 300 milhões.

"Paralisamos os investimentos na Bolívia e, além do GNL, estamos procurando formas de acelerar a produção no Brasil. Nós não temos restrições financeiras. Portanto, não é uma questão de realocação de recursos, mas de prioridade, de decisão estratégica" afirmou Barbassa.

Ele afirmou que o consumo de gás natural no país deve chegar aos 100 milhões de metros cúbicos por dia em 2010, o que torna a alternativa do GNL não apenas viável, como permanente. "O GNL é uma situação permanente, com tendência de crescimento em todo o mundo. É uma forma de se fazer com o gás o que é feito hoje com o petróleo", disse. "A idéia é que as plantas funcionem de forma ininterrupta, podendo ser acionadas em momentos emergências, atendendo às necessidades de despacho das usinas termelétricas".

Em relação a possíveis aumentos nos preços de gás, o diretor garantiu que a única alta a ser aceita pela Petrobras será o reajuste trimestral previsto em contrato e que acontecerá agora em junho. "Este aumento vai ocorrer normalmente, mas não tenho idéia de quanto será. Tem uma indexação a uma cesta de petróleo, que teve variação e, por isso, varia também o preço do gás. Agora, uma coisa é você acompanhar o acordo e outra é pensar: o preço do gás nos Estados Unidos está valendo US$ 6 dólares, então aqui tem que valer também. Não é assim que funciona".

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