Houston (Estados Unidos) – A Petrobras pretende utilizar a tecnologia adotada nas refinarias brasileiras para adaptar a unidade de refino de Passadena, em Houston (Estados Unidos), ao processo do óleo pesado extraído da Bacia de Campos, no litoral norte do Rio de Janeiro.
A informação foi dada pelo diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Segundo ele, a intenção é utilizar os conceitos desenvolvidos a partir do Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo (Prominp), concebido no âmbito do Ministério de Minas e Energia e que tem como objetivo o fortalecimento da indústria
nacional de bens e serviços para a área de petróleo e gás natural.
?A idéia é adotar em Passadena a mesma concepção utilizada na modernização e adaptação das nossas refinarias para um processamento cada vez maior de petróleo pesado. Com isto estaremos investindo fora do Brasil, mas ao mesmo tempo incentivando a indústria nacional como fornecedora de bens e serviços para a unidade de refino dos Estados Unidos?, explicou.
A iniciativa, segundo Costa, vai beneficiar os fabricantes, montadores e fornecedores de equipamentos como válvulas e tubos de escoamento, desde que eles apresentem condições adequadas de preço e qualidade. ?Obviamente é preciso olhar a questão da competitividade do ponto de vista do preço, mas vamos trabalhar com muita força no sentido de trazer o produto nacional para cá?.
O executivo da Petrobras, no entanto, não soube precisar o percentual de nacionalização a ser utilizado na refinaria de Passadena. ?Nós ainda não temos um percentual definido porque isto só acontecerá quando o projeto estiver concluído.
Mas seguirá nesta linha, e eu, como brasileiro, pretendo incentivar a indústria nacional. Nós vamos trabalhar para que seja o máximo possível de fornecedor brasileiro. É o conceito da Petrobras de investir no exterior, mas alavancando a indústria nacional, dentro da filosofia do Prominp?.
A compra de 50% da Refinaria de Passadena foi concretizada pela Petrobrás na terça-feira (19), em uma transação envolvendo US$ 360 milhões.