A Petrobras nega que o metalúrgico aposentado Genival Inácio da Silva, o "Vavá", irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tenha intermediado negociações entre a estatal de petróleo e a Nacional Gás, do Riviera Group.
A assessoria da Petrobras admite, entretanto, que "Vavá" esteve na sede da empresa no dia 29, acompanhado do empresário português Emídio Mendes, um dos controladores do Riviera.
Segundo denúncias publicadas pela revista "Veja" desta semana, "Vavá" estaria negociando diretamente com a estatal junto com Mendes. A assessoria da estatal repassou à reportagem uma carta enviada à revista, nesta sexta-feira, na qual admite que "Vavá" esteve na sede da companhia, no Rio, acompanhado Mendes, mas que "não participou da reunião, realizada, unicamente, entre o sr. Emídio Mendes e o técnico da Petrobras Luthero Winter Moreira, da área de abastecimento".
Segundo explica a empresa na carta, Moreira não conhece "Vavá", que não teria se apresentado como irmão de Lula. "No dia 29, Luthero manteve com Genival um breve encontro na recepção do 20.º andar da companhia, resumido a cumprimentos, antes da reunião e, ao final, despediu-se do sr. Mendes."
A carta explica que a estatal foi procurada por Mendes em julho, com propostas de parcerias na área de importação e distribuição de álcool brasileiros no mercado europeu. Em seguida, enviou técnicos do Brasil a Portugal para "dar início aos primeiros entendimentos". Ainda segundo a empresa de petróleo, as negociações com o grupo português ainda estão em andamento.