O principal executivo da Petrobras para o Cone Sul, Décio Odone, reiterou hoje, em entrevista, a posição da estatal brasileira de se negar a aceitar uma possível alteração no contrato de importação de gás natural da Bolívia. "Até o momento não fomos informados oficialmente desta intenção e só o que há são informações veiculadas na mídia", afirmou
Pouco antes da entrevista, durante sua apresentação no Fórum Business Future of The Americas, Odone fez uma análise de toda a participação da Petrobras no exterior e considerou que, na Bolívia, a estatal já havia consolidado uma participação importante, operando 75% do gás importado, duas refinarias e transporte interno dos combustíveis
"Entendemos que o governo boliviano tem suas razões, mas da nossa parte vamos buscar os nossos direitos. Isso significa fazer valer o contrato de importação de gás. Esperamos não ser obrigados a recorrer aos meios judiciais para isso", afirmou
Ainda segundo ele, a companhia deve consolidar na revisão do planejamento estratégico, prevista para ser divulgada em junho, sua intenção de expandir os investimentos no exterior, principalmente no oeste da África e Golfo do México. "Temos excelentes perspectivas de estarmos já produzindo volumes consideráveis em um dos 300 campos que operamos no Golfo, a partir de 2010", afirmou.
Sobre a América do Sul, ele lembrou que a Petrobras está presente em praticamente todos os países, com exceção do Chile, onde desde fevereiro instalou um escritório de representações, responsável por negócios anuais de US$ 800 milhões com a venda de petróleo brasileiro e produtos petroquímicos da Argentina para aquele país