Petrobras mantém decisão de não encampar Manguinhos e sugere contrato temporário

Os petroleiros da refinaria de Manguinhos realizaram hoje um ato contra o fechamento da unidade e em defesa da encampação da empresa pela Petrobras. Segundo o coordenador da Secretaria de Política e Formação do Sindicato dos Petroleiros do Rio, Roberto Odilon Horta, cerca de 250 trabalhadores de Manguinhos ? metade do número total ? participaram do ato, iniciado com uma concentração diante da sede da Petrobras, no centro da cidade.

Antes da manifestação, ainda de acordo com o sindicalista, a diretoria da Petrobras recebeu representantes da categoria, mas manteve a decisão de não aceitar encampar a refinaria. E apresentou propostas como um contrato entre a empresa e Manguinhos, pelo qual a Petrobras forneceria petróleo a preço inferior ao do mercado internacional, garantindo rentabilidade mínima à refinaria. "Esse seria um contato temporário e no final haveria uma espécie de encontro de contas, para saber quem está vendendo a quem, porque o preço do petróleo oscila", disse Roberto Odilon.

A Petrobras também teria sugerido, explicou o sindicalista, a utilização da Cide (Contribuição sobre Intervenção de Domínio Econômico) sobre a venda de derivados do petróleo, como opção de longo e médio prazo. "A Cide poderia atuar como um colchão, fazendo com que os preços dos derivados caiam ou subam dentro de uma faixa", acrescentou.

A ameaça de fechamento de Manguinhos começou após a alta dos preços do petróleo no mercado internacional e a decisão da Petrobras de não reajustar os derivados vendidos no mercado interno. Com isso, os custos subiram nos últimos meses e a refinaria ficou impossibilitada de repassar aumentos para seus consumidores.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo