Petrobras já prevê gás mais caro em novos contratos

O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse nesta quinta-feira (17) que a empresa terá que ajustar sua política de preços do gás natural, em face da previsão de aumento de custos com os investimentos de US$ 22 bilhões previstos para o setor nos próximos anos. "Para recuperar os investimentos, os preços terão que ser ajustados à nova realidade", afirmou o executivo, em palestra durante o 11º Congresso Brasileiro de Energia, no Rio.

Segundo ele, a atual política de preços foi elaborada com o objetivo de massificar o consumo, em um período em que o gás ainda não tinha a demanda atual. "Hoje o gasoduto está cheio", afirmou, referindo-se ao Gasoduto Bolívia-Brasil. Em sua apresentação, Sauer disse que o preço do gás no Brasil, hoje em torno dos US$ 5 por milhão de BTU (unidade térmica britânica), equivale a US$ 30 por barril de petróleo ou 55% do valor de venda de seu principal concorrente, o óleo combustível.

A Petrobras começa a negociar novos contratos com distribuidoras de gás canalizado, cujos contatos antigos já venceram, e vai levar em consideração a nova estrutura de custos. Em entrevista depois da apresentação, porém, Sauer não quis dizer quais seriam os novos preços. "Com certeza, não serão aqueles US$ 3 por milhão de BTU do Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT)", limitou-se a dizer. Segundo ele, os novos valores estão sendo calculados pela área técnica da companhia.

A estatal prevê grandes investimentos no aumento da produção do combustível, na ampliação da rede de gasodutos e na importação de gás natural liquefeito, que será outro componente de aumento de custos, uma vez que as cotações internacionais são mais altas do que os valores cobrados no País.

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