O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que já está em negociação com as distribuidoras o reajuste do preço do gás. Ele esclareceu que esse aumento valeria para os novos contratos e não para os já existentes. O presidente da estatal participou nesta quarta-feira (06) de audiência pública na Câmara dos Deputados para falar do novo contrato de exploração e produção de gás na Bolívia, fechado no fim de novembro.

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Gabrielli esclareceu que o ajuste no preço do gás que a Petrobras vende aos distribuidores não tem relação com a crise com a Bolívia. Ele explicou que até setembro do ano passado a estatal mantinha uma política de incentivo ao crescimento do mercado brasileiro de gás e evitava repassar aos distribuidores eventuais aumentos no preço. Mas, como esse mercado já se estabeleceu, a empresa decidiu que precisa ajustar os preços domésticos.

Gabrieli afirmou que não é possível dizer de quanto é a defasagem, que varia de acordo com cada contrato. Ele reiterou que a Petrobras tem um plano para diminuir a dependência do gás boliviano. O presidente da companhia contou que já em 2008 o Brasil deverá ter disponível mais 20 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, obtidos a partir da regaseificação de gás natural liquefeito, que será importado de países como Catar, Trinidad e Tobago e Argélia.

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, que também participou da audiência, disse que uma das unidades de regaseificação, com capacidade para reconverter em gás 6 milhões de metros cúbicos por dia, deverá ser instalada no Ceará e a outra, com uma capacidade de 12 milhões a 14 milhões de metros cúbicos por dia, poderá ser implantada no Rio de Janeiro.

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Rondeau também reforçou que até 2008 deverá haver um acréscimo na oferta do combustível produzido no Brasil de 24 milhões de metros cúbicos diários – em 2010, chegaria a 39 milhões de metros cúbicos.