O presidente da Petrobras, Francisco Gros, afirmou hoje (5) que o Brasil tem uma situação confortável de abastecimento de combustíveis mesmo em caso de uma guerra de longo prazo no Golfo Pérsico. ?O volume de produção do Brasil nos deixa em uma posição muito confortável?, afirmou, ao ser questionado sobre a necessidade de um estoque regulador para evitar o desabastecimento em caso de guerra.

O Brasil produz, em volume, cerca de 80% dos 1,8 bilhão de barris de derivados de petróleo que consome. No entanto, parte deste óleo é exportado por falta de capacidade para processá-lo nas refinarias nacionais – cerca de 200 mil barris por dia. A Petrobras, então, importa óleo leve (de mais fácil refino) e derivados, principalmente diesel e gás liquefeito de petróleo, para abastecer o mercado interno.

Especialistas do setor afirmam que a Petrobras tem um estoque de óleo cru e combustíveis suficiente para um mês de abastecimento. Somado à produção local, ninguém espera um grave problema de abastecimento em caso de guerra prolongada. Pode-se ter, sim, uma pressão de alta nos preços dos derivados, principalmente se a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) decidir retaliar os Estados Unidos com a manutenção dos níveis de produção.

continua após a publicidade

continua após a publicidade