O presidente da Unipar, Roberto Dias Garcia, confirmou nesta quarta-feira (28) que a companhia e a Petrobras, principais acionistas da Petroquímica União (PQU) e sócias na Rio Polímeros (Riopol), já estão conversando sobre as alternativas para integração dos ativos petroquímicos do Pólo do Sudeste.

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Conforme o executivo, a meta é chegar a um desenho para o pólo, que consolidará ativos no eixo Rio-São Paulo, em seis meses. "Essa é a nossa meta e leva em conta o fato de os dois principais acionistas do setor petroquímico na região, Unipar e Petrobras, estarem de acordo sobre a necessidade de reposicionamento. Mas ainda teremos de falar com os outros players", afirmou Garcia à Agência Estado. "Por enquanto, a conversa é entre Unipar e Petrobras, mas naturalmente vai passar pelas outras empresas".

O prazo para definição do modelo do Pólo do Sudeste, relativamente curto, pode ser cumprido em razão do momento pelo qual passa a indústria petroquímica brasileira, comentou o presidente da Unipar. "É preciso aproveitar o momento favorável de combinação de forças, para ganhar qualidade e competitividade para a petroquímica brasileira", disse o executivo, referindo-se à recente aquisição do Grupo Ipiranga pela Petrobras, Braskem e Ultra, que vai resultar na consolidação dos ativos petroquímicos no Sul do País. A partir da operação, o Pólo de Triunfo (RS) replicará a estrutura já implementada no complexo de Camaçari (BA), que também tem a Braskem como principal acionista.

Outro fator que poderá agilizar o desenho do Pólo do Sudeste, conforme Garcia, é a possibilidade de uso do modelo de estrutura acionária da Rio Polímeros (Riopol) como referência. No complexo gás-químico de Duque de Caxias (RJ), onde são produzidos de forma integrada matéria-prima e polietilenos, as sócias de capital privado, Unipar e Suzano Petroquímica, detêm 66% de participação, e Petrobras e BNDESPar possuem outros 33%.

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"Para o Pólo do Sudeste, vamos buscar um modelo adequado e compatível com o que já existe na Riopol, que já mostrou que dá certo, é competitivo e, ao que parece, fecha com que pretende a Petrobras", explicou o presidente da Unipar. Segundo ele, a Petrobras apóia a valorização da petroquímica do Sudeste, o que fica explícito em sua disposição de ampliar a participação que possui na região. "O aumento de participação da Petrobras poderá se dar de diversas formas", comentou Garcia.

De acordo com Garcia, as conversas entre Unipar e a estatal envolvem tanto a primeira geração petroquímica, voltada à produção de insumos básicos, quanto a segunda, focada em termoplásticos. "Estamos avaliando uma série de alternativas de implantação de um modelo integrado e a Riopol servirá de referência", reiterou. Segundo o presidente da Unipar, a proximidade entre os complexos petroquímicos fluminense e paulista – o raio de atuação de aproximadamente 400 quilômetros – representará uma vantagem no processo de consolidação.

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"Desde a constituição da Riopol, por diversas vezes se falou na constituição da Petroquímica do Sudeste, porque não há dúvida que sob o aspecto da eficiência e da competitividade, esse é o melhor modelo", ressaltou o presidente das Unipar. "Antes mesmo da operação no Sul havia a conversa sobre o modelo integrado no Sudeste", complementou.