A Petrobras assinou nesta sexta-feira (27) memorando de intenções com o governo dinamarquês para cooperação na área de combustíveis alternativos. Em entrevista coletiva à imprensa ao lado do primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que o acordo é preliminar e um mais detalhado será assinado em setembro, também com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro-ministro ressaltou na entrevista que o objetivo de seu país é cumprir as metas estabelecidas para diminuir a utilização de combustíveis fósseis em transportes.

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Segundo ele, até 2020 a Dinamarca pretende aumentar para 10% o porcentual da frota de veículos do país movidos a biocombustíveis. Gabrielli afirmou que a parceria pode resultar na descoberta de novas tecnologias de desenvolvimento dos biocombustíveis, a exemplo do que a Petrobras fez quando criou o H-Bio. Além da Dinamarca, a Petrobras já possui acordos em andamento com Japão, Itália, Noruega, Colômbia, Venezuela, Paraguai, Peru. "As negociações mais avançadas são com Japão, mas em nenhum caso já foi fechado algum contrato para a venda dos combustíveis", disse Gabrielli. O presidente da estatal não comentou sobre outros assuntos na entrevista.

Paralisação

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou para a próxima quinta-feira uma paralisação de 24 horas nas unidades da Petrobras, caso a empresa não apresente até a próxima segunda-feira o novo Plano de Cargos e Salários dos funcionários.

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Nota divulgada pela FUP à imprensa hoje informa que os petroleiros reivindicam um plano que apresente promoções por mérito, valorização dos trabalhadores que foram impedidos de prosseguir na carreira e acabe com as diferenças salariais. Ainda na nota, a FUP informa que a Petrobras se comprometeu, na assinatura do Acordo Coletivo de 2005, a realizar estudo técnico e rever o plano no prazo de um ano. O prazo foi renovado e venceu em janeiro de 2007. A Petrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que aguardará a decisão da FUP sobre a realização da paralisação para se manifestar sobre o tema.