O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse hoje que as empresas envolvidas na aquisição do Grupo Ipiranga estão tranqüilas em relação à análise do negócio por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Conforme o executivo, no caso específico da estatal, a adição de capacidade de refino, por meio da refinaria Ipiranga, à sua capacidade total atual é pouco expressiva. "A refinaria Ipiranga tem capacidade para 17 mil barris por dia, e a Petrobras refina 1,85 milhão de barris por dia", comparou o executivo.
Já na área de distribuição de combustíveis, afirmou Gabrielli, o crescimento da Petrobras será um pouco maior a partir do negócio. Atualmente, a Petrobras tem 33,8% desse mercado e passará a responder por 38% do mercado com a integração da rede de distribuição da Ipiranga nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. "Isso representa apenas 25% do negócio da Ipiranga", ressaltou.
Na área petroquímica, disse o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, também não deverá haver problemas em termos de defesa da concorrência. "O Cade vai fazer uma análise da operação, mas todas as avaliações recentes mostram que o mercado relevante é o internacional, de forma que esse negócio não traz riscos em termos de equilibro no mercado brasileiro", afirmou Grubisich.
A Petrobras, a Braskem e a Ultrapar oficializaram hoje de manhã a compra dos ativos do Grupo Ipiranga, um negócio estimado em aproximadamente US$ 4 bilhões (R$ 8,4 bilhões), de acordo com comunicado conjunto das empresas distribuído à imprensa.