A Petrobras divulgou no início da tarde nota oficial sobre a situação do navio-platafomra P-34, que ainda corre risco de afundar na Bacia de Campos, após pane elétrica na tarde de ontem (13), que provocou sua inclinação a 32 graus. Segundo a nota oficial da estatal, ?prosseguem as operações para o retorno da P-34 à sua situação normal?. A Petrobras manteve a informação de qua ainda há estabilidade no grau de inclinação da plataforma. ?Uma equipe de especialistas encontra-se na P-34 desde a manhã de hoje para a avaliação da situação e adoção das providências visando o retorno da plataforma ao seu equilíbrio normal?, informa a nota, que trouxe novamente o detalhamento da unidade, mas ainda não informou sobre quais as causas do acidente e as medidas que estão sendo tomadas.
Ainda segundo o divulgado pela Petrobras, 12 embarcações e barreiras para a contenção e recolhimento de óleo foram acionados preventivamente.
Leia a seguir a íntegra da nota oficial da Petrobras sobre a inclinação do navio-plataforma P-34 na Bacia de Campos:
?Prosseguem as operações para o retorno da plataforma Petrobras 34 à situação normal, após a ocorrência de ontem a tarde, que resultou num adernamento de 32 graus. A situação de estabilidade da plataforma permanece inalterada desde então.
Uma equipe de especialistas encontra-se na P-34 desde a manhã de hoje para a avaliação da situação e adoção das providências visando o retorno da plataforma à situação normal de equilíbrio. A P-34 é um FPSO (Floating Production and Storage Offloading), ou seja, um navio com capacidade para processar hidrocarbonetos, armazenar petróleo e prover o seu escoamento para navios de transporte de óleo. Tem 240 metros de comprimento está instalada a 80 quilômetros da costa, em 840 metros de profundidade de água e recebe a produção de oito poços do campo de Barracuda e dois poços do campo de Caratinga. Tem capacidade para estocar 45 mil metros cúbico(m3) de petróleo em seus 17 tanques de armazenamento. No momento, a plataforma tem 12 mil m3 de petróleo em seus tanques.
Originalmente, a P-34 era um navio-tanque, para transporte de petróleo, denominada Presidente Prudente de Moraes (ou abreviadamente PPMORAES). Em 1976, a embarcação foi transformada em unidade de produção, sendo instalada no campo de Garoupa, na Bacia de Campos, em lâmina d?água de 100 metros. Em 1996/97, foi transformada em FPSO pelo Consórcio formado pelas Indústrias Verolme e Ishibras, no Rio de Janeiro, passando a se denominar P-34. Em setembro de 1997, passou a operar nos campos de Barracuda e Caratinga, onde permanece até hoje.
No momento da ocorrência, a plataforma estava produzindo 5,4 mil m3/d de óleo e 195 mil m3/d de gás. Houve falha elétrica e a P-34 teve sua produção interrompida automaticamente pelo sistema de segurança. Doze embarcações e barreiras para contenção e recolhimento de óleo foram acionados preventivamente?. (Assessoria de Imprensa da Petrobras)