Petrobras disputa refinaria na Colômbia para usar óleo do Brasil

A disputa pelo controle da refinaria de Cartagena, a segunda maior da Colômbia, está dentro da estratégia da Petrobras de processar o volume máximo de óleo pesado produzido no Brasil, disse hoje o diretor de Finanças da Petrobras, Almir Barbassa. A Ecopetrol vai divulgar o nome do vencedor da disputa pela refinaria, localizada no porto de Cartagena, no dia 25 de agosto. A Petrobras e a companhia de capital suíço Glencore International vão participar da oferta.

A refinaria pertencente à Ecopetrol (estatal de petróleo colombiana) tem capacidade de processar em torno de 100 mil barris diários, sendo grande parte disso óleo pesado. Barbassa lembrou que a diferença entre o óleo pesado e o leve hoje chega a US$ 11. "Se a Petrobras vender o petróleo produzido no Brasil no exterior vai deixar de capturar US$ 11 por barril." Os derivados processados na refinaria com o óleo brasileiro seriam vendidos para países do Caribe e para os Estados Unidos.

A Petrobras está presente na Colômbia desde 1973 e, segundo Barbassa, já ocupa a terceira ou quarta posição entre os produtores de petróleo daquele país. Recentemente, comprou a rede de postos da Shell e agora pretende entrar no setor de refinaria. "Se ganharmos essa concorrência, teremos uma operação toda integrada, desde a produção ao refino, na Colômbia. O país está no foco de investimentos da área internacional da Petrobras", disse.

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