O diretor deAbastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informou hoje (28) que a estatal de petróleo estuda a inclusão de novos sócios no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), além do grupo Ultra e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como parte da reorganização do setor da Região Sudeste. O complexo vai processar petróleo pesado da Bacia de Campos e produzir matéria-prima petroquímica e derivados
De acordo com Costa, a estatal está negociando com as empresas Suzano e Unipar. Não há ainda um desenho final de como isso vai ser finalizado. Com certeza dentro do conceito de fortalecimento da petroquímica brasileira, dentro do conceito de competitividade a nível nacional e internacional, afirmou.
Na opinião do diretor da Petrobras, pequenas empresas do setor não conseguem competir no mercado internacional, por isso defende que empresas petroquímicas ganhem musculatura com capacidade econômica para investir na diversificação de produtos como o biocombustível.
A reorganização no setor na Região Sudeste deve ser feita em um prazo de seis meses a um ano, segundo Roberto Costa. Pode ter vários outros sócios com a Suzano e Unipar, como pode ter vários outros sócios quer sejam brasileiros, quer sejam estrangeiros, disse.
O diretor da Petrobras reafirmou que não há risco dos trabalhadores do grupo Ipiranga perderem o emprego. A compra da Ipiranga pela Petrobras, o Grupo Branskem e o Grupo Ultra foi anunciada no dia 19, em um negócio de cerca de US$ 4 bilhões, envolvendo a rede de postos, a distribuidora e a companhia Ipiranga.
Acho que os trabalhadores devem ficar bastante tranqüilos porque as três empresas vão investir na refinaria, vão agregar valora os produtos e isso vai propiciar não apenas a manutenção dos empregos, mas possivelmente, com a diversificação do elenco de produtos, vamos ter até o crescimento de empregos, disse o diretor.
Costa informou que ematé 15 dias deve ser divulgado um relatório de avaliação da venda da Ipiranga.
Costa participou deaudiência pública na Câmara dos Deputados paradebater a compra do Grupo Ipiranga. A compra é questionadapela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por causa deinformações privilegiadas que teriam vazando antes donegócio ser fechado, causando valorização dasações da Ipiranga.
O diretor afirmou que éa empresa é "veementemente" contra esse tipo deatitude e acrescentou que compete CVM criar mecanismos paraimpedir o vazamento de informações privilegiadas.