Rio de Janeiro – A Petrobras confirmou nesta sexta-feira (1º) o pagamento da primeira das cinco parcelas de US$ 32,34 milhões, relativas ao imposto adicional fixado pelo governo boliviano a partir da decisão do presidente Evo Morales de nacionalizar reservas e ativos das empresas petrolíferas que atuam no país.

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O valor envolve as três petroleiras que exploram em sociedade os campos de San Alberto e San Antônio. Além da estatal brasileira, a quantia foi rateada entre a Repsol YPF e a TotalFina.

Ao todo, as três companhias pagarão ao governo boliviano US$ 161 milhões, relativos aos meses de maio, junho, julho, agosto e setembro. A primeira parcela refere-se a maio. A parte da Petrobras foi de US$ 11,32 milhões.

O total pago corresponde ao imposto adicional de 32% sobre o valor da produção dos dois campos, localizados em Santa Cruz de La Sierra. Antes do decreto baixado por Morales, as petroleiras pagavam ao governo boliviano 50% do valor total da produção. Com a nacionalização, este percentual subiu para 82%.

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A Petrobras importa atualmente cerca de 24 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, através do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).

O pagamento feito ao governo boliviano acontece em meio ao impasse nas negociações com a Bolívia sobre os critérios de implementação, na prática, do decreto de nacionalização, bem como as negociações sobre o preço pago pela estatal brasileira pelo gás importado.

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A Bolívia sustenta que o preço encontra-se defasado. A Petrobras garante que os reajustes feitos trimestralmente com base na variação de uma cesta de produtos petrolíferos no mercado internacional vem mantendo o preço atualizado.