Rio de Janeiro – A Petrobras completou dez anos de atividades na Bolívia na última terça-feira (10) sem comemorações. O motivo, segundo a assessoria de imprensa da estatal, é a falta de falta de acordo em questões como o preço do gás natural importado pelo Brasil.

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As negociações com a estatal boliviana YPFB foram retomadas na segunda-feira (9), quando o presidente da Petrobras Bolívia, José Fernando Freitas, e o gerente da estatal para o Cone Sul, Décio Oddone, reuniram-se com executivos da YPFB e com o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas. Trata-se mais uma rodada em busca de um entendimento, após a nacionalização das reservas de petróleo e gás, anunciada em 1º de maio pelo presidente Evo Morales.
 
De acordo com a Agência Boliviana de Informação (ABI, a agência oficial de comunicação do país), Villegas disse que o encontro abordou aspectos técnicos relacionados aos novos contratos petrolíferos que estarão em vigor a partir de 1º de novembro.

 O ministro afirmou, segundo a agência, que seu país continuará o trabalho com a estatal brasileira e com outras empresas estrangeiras que atuam no país, como a espanhola Repsol, e que haverá três semanas para conversar sobre os aspectos técnicos dos contratos a firmar.

A Petrobras lançou uma campanha publicitária no país vizinho para melhorar sua imagem junto aos bolivianos.

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A estatal brasileira responde por 24% da arrecadação de impostos e por 18% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas de um país) boliviano. De 1996 para cá, os negócios da empresa na Bolívia envolveram desde a exploração, produção e comercialização de gás natural até o sistema de transporte por dutos, além de processamento de gás natural, refino, produção de lubrificantes e distribuição de derivados.