A maior compradora do leilão, mais uma vez, foi a Petrobrás, que arrematou 96 blocos exploratórios, 54 dos quais sozinha e 42 em parceria com outras empresas, tendo desembolsado R$ 503 milhões. Ao comemorar o êxito da participação da Petrobrás na Sétima Rodada, o gerente-executivo de exploração e produção da empresa, Francisco Nepomuceno garantiu que a empresa atingiu seu objetivo. "Conseguimos tudo que queríamos. Os 13 blocos em que fizemos propostas, mas fomos derrotados, eram apenas áreas periféricas", afirmou.

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Entre os blocos arrematados pela estatal, está o S-M-508, pelo qual ela pagaria, em parceria com a britânica BG, bônus de assinatura de R$ 160,1 milhão – o maior lance da Sétima Rodada. O bloco está localizado nas proximidades do Campo de Mexilhão, onde a empresa descobriu o BS-400, uma megadescoberta com estimativas de reserva superior a 400 milhões de metros cúbicos de gás natural. A ágio pago pela Petrobras (que será a operadora do campo com 60% de participação) foi de mais de 960%.

Com o lance, a Petrobras retomou uma área próxima ao Campo de Mexilhão, com grande potencial para a descoberta de gás natural, que foi obrigada a devolver para a ANP por força da Lei que flexibilizou o monopólio do petróleo. Ainda neste setor, a Petrobras levaria mais três blocos, um sozinha e outros dois em parcerias – com a Repsol e com a BG -, pagando R$ 219 milhões.

A grande surpresa do leilão, no entanto, foi a participação da empresa Argentina OIL M&S – a segunda maior arrematadora, que levou sozinha 43 blocos exploratórios: 22 na bacia do São Francisco e 21 na bacia do Solimões, áreas de novas fronteiras e, por isso mesmo, de elevado risco exploratório.

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Na primeira fase só foram oferecidos os blocos exploratórios de risco destinados às médias e pequenas empresas. Na manhã de hoje (19), a ANP realiza a segunda fase do leilão, ofertando 17 áreas inativas com acumulações marginais. Com pequeno potencial para exploração de petróleo e gás natural, essas áreas se destinam a pequenas empresas. Para os técnicos, essas áreas podem tornar-se um novo nicho de exploração de petróleo no país, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região nordestina. São áreas que a Petrobras devolveu à ANP, 11 na Bahia e seis em Sergipe.