O diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, afirmou hoje que o desenvolvimento das reservas de óleo leve descobertas recentemente na Bacia de Santos deve levar ainda uma década. Segundo ele, há importantes desafios tecnológicos a serem vencidos, além da necessidade de se avaliar o tamanho das jazidas existentes e de se encontrar novos reservatórios que viabilizem o alto investimento necessário na região. "Trabalhamos para iniciar a produção em meados da década que vem", informou o executivo.
As reservas de petróleo de boa qualidade foram descobertas em camadas geológicas muito profundas, abaixo de uma extensa camada de sal que separa as rochas geradoras do petróleo brasileiro das jazidas descobertas atualmente. "Agora, vamos fazer uma radiografia dos resultados dos trabalhos na região antes de definir um programa avançado de avaliação da área", afirma. A descoberta confirma teses geológicas de que pode haver grandes reservas abaixo da camada de sal.
Segundo Estrella, porém, a empresa ainda trabalha para encontrar novas jazidas na região. "Não dá para desenvolver pequenas acumulações", afirmou, sem quantificar quanto petróleo foi encontrado no bloco pioneiro, BM-S-11, onde a empresa tem parceria com a britânica BG e a portuguesa Petrogal. Estrella participou da cerimônia de abertura de evento sobre responsabilidade social no Rio.