A disputa pela segunda vaga no segundo turno da eleição ao governo do Rio Grande do Sul pendeu nesta quinta-feira para o lado de Germano Rigotto (PMDB/PSDB/PHS). Duas pesquisas eleitorais mostram o candidato peemedebista distanciando-se de Antônio Britto (PPS/PFL/PT do B/PSL), com quem disputava a vaga, e próximo ao primeiro colocado Tarso Genro (PT/PCB/PC do B/PMN).
Rigotto tem 31,5% das intenções de voto pelo Correio do Povo e 31,1% pelo Cepa/Ufrgs, mais de 12 pontos percentuais à frente do concorrente Antônio Britto, que tem, respectivamente, 19,2% e 18 5%.
Rigotto partiu de um quarto lugar, com menos de 5%, no início de agosto, empatou com Britto há duas semanas e atropelou na reta final. Tarso Genro lidera com 34,9% no Correio do Povo e 33,6% no Cepa/Ufrgs, mas as vantagens que tem sobre Rigotto estão dentro das margens de erro e configuram empate técnico.
Apesar de esperarem um crescimento dos índices presidenciável José Serra (PSDB/PMDB), que tem 28,7% no Rio Grande do Sul, os peemedebistas não vinculam as eleições nacional e estadual. ?O voto para governador é diferente do voto para presidente?, avalia o coordenador da campanha de Rigotto, Alberto Oliveira.
Mesmo com as boas perspectivas traçadas pelas pesquisas, Oliveira adota uma posição cautelosa e não considera Rigotto classificado para o segundo turno, embora admita um sentimento, colhido nas ruas, de que isso vai ocorrer. No lado petista, o coordenador da campanha, José Eduardo Utzig, já prepara munição para o segundo turno, dizendo que Rigotto, como deputado federal ?foi um líder do governo Fernando Henrique Cardoso num período extremamente adverso para a economia gaúcha?.
No último dia da campanha política Rigotto percorreu municípios da região metropolitana de Porto Alegre. Os outros candidatos procuraram agendar compromissos com algum apelo sentimental. Tarso Genro foi rever Santa Maria, cidade onde passou a juventude e onde seus pais ainda moram. Celso Bernardi (PPB) marcou comício para a noite em Santo Ângelo, base onde colheu os votos que o fizeram deputado estadual e federal. Antônio Britto foi encerrar a campanha em Guaíba e visitou o terreno onde a montadora da Ford, uma das conquistas de seu governo (1995/1998) seria instalada. A empresa preferiu ir para a Bahia em 1999, quando Olívio Dutra assumiu o governo.