Rio de Janeiro – A portuguesa Vanessa Cerqueira, que fazia pesquisa de campo na Amazônia, foi encontrada morta na região de Sena Madureira, Acre, segundo comunicaram organizações não-governamentais da região.

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O corpo da pesquisadora, de 36 anos, foi achado ontem (4) em um local conhecido como Toco Preto, a cerca de 145 quilômetros de Rio Branco. Sem roupas, apresentava vários golpes na cabeça e sinais de estrangulamento.

O chefe de Polícia da cidade de Sena Madureira, Flávio Marques Torres, disse que o corpo deve seguir hoje (5) para Portugal. No momento, encontra-se em Rio Branco, capital do Acre, para a realização da autópsia.

O suspeito pelo crime, o agricultor Raimundo Nonato Rocha de Lima, foi detido nesta segunda-feira pela polícia e aguardará o julgamento na prisão.

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Torres disse que Vanessa Cerqueira tomava banho, no domingo, num pequeno riacho da região, quando foi vista pelo agricultor. Segundo as investigações policiais, Lima teria se aproximado e, supostamente, estuprado a pesquisadora, que foi morta em seguida com "diversos golpes com um pedaço de madeira" na cabeça.

"Após o assassinato, o agressor voltou a violentar a vítima, e arrastou o corpo por cerca de 200 metros para o meio da floresta", afirmou à Agência Lusa o chefe de polícia.

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O corpo foi encontrado pela polícia após um alerta da professora Elizandra Moura de Lima, da Universidade Federal de Acre, que ajudava a investigadora portuguesa nos seus trabalhos de pesquisa.

Elizandra Moura de Lima entrou em contato com a polícia depois de ter encontrado abandonado o cavalo normalmente usado pela pesquisadora portuguesa, bem como algumas peças de roupa manchadas de sangue.

Vanessa Madureira investigava assuntos ambientais em vários países, como o Peru e o Brasil. Pretendia apresentar tese de doutorado no Centro Tropical de Investigação e Ensino Agrônomo, da Costa Rica.