O pesquisador de energia renovável Stefan Krauter apontas lacunas na legislação como o principal problema do Brasil na área de produção e distribuição de energias renováveis. "O País tem condições excelentes [para a produção de energia renovável], mas faltam leis que obriguem as concessionárias a comprarem esse tipo energia". Ele participa do 6º Encontro Verde das Américas – Conferência das Américas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Krauter lembrou que na Espanha, na Itália e na Alemanha já existem leis nesse sentido. Nesses países, a legislação permite a integração da produção de energia renovável à rede pública de eletricidade sem burocracia – a chamada Lei da Rede Aberta.
O pesquisador alertou ainda que o Brasil deve investir mais na produção de energia eólica, que se integra com mais facilidade à energia hidrelétrica – base do sistema brasileiro. Ele citou como exemplo o caso da Alemanha, que, com condições muito piores na variabilidade dos ventos e no seu armazenamento, já utiliza 25% de energia eólica em seus sistema de abastecimento – percentual que pode chegar a 100% em algumas horas da manhã. "Uma coisa que não dá para entender é o Brasil ter um potencial tão grande e aproveitá-lo tão pouco".
Ações da Nigéria
O embaixador da Nigéria, Kayode Garrick, explicou as ações desenvolvidas pelo governo de seu país na área ambiental. Entre os programas governamentais desenvolvidos, ele citou os programas nacionais de Ações Ambientais e de Erradicação da pobreza.
No caso do Programa Nacional de Ações Ambientais, uma das principais ações foi a inclusão de programas de educação ambiental nos currículos escolares e a instituição de clubes de conservação em universidades. Além disso, além de 1977, há, segundo ele, uma campanha nacional de plantio de árvores, que, anualmente, cria novas áreas verdes ou refloresta uma área de aproximadamente 3 mil hectares. Ele explicou ainda 1% do PIB nacional é destinado a fundo ecológico.
Já o Programa Nacional de Erradicação da Pobreza, lançado em 2001, desenvolve ações estratégicas para a redução da pobreza e conservação ambiental, com a geração de empregos, a melhoria do fornecimento da água e saneamento básico, e desenvolvimento da agricultura.
Petróleo e gás
Kayode Garrick ainda citou as medidas do governo na área de produção, extração de petróleo e gás. A meta é reduzir a zero a queima de gases poluentes até 2008 e adotar incentivos fiscais para que as companhias petrolíferas desenvolvam ações de prevenção à poluição.
