Brasília – Cerca de 2 milhões de brasileiros apresentam doença renal crônica, mas muitos não sabem que têm problemas nos rins. Quem sabe, enfrenta dificuldades para conseguir assistência média. O alerto é do presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Jocemir Lugon. Ele entregou nesta terça-feira (22) uma pesquisa sobre o perfil da doença renal crônica no Brasil ao secretário de Atenção a Saúde do Ministério da Saúde, José de Carvalho Noronha.

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?O governo precisa ter esse diagnóstico, antecipar o problema e introduzir profundas mudanças no financiamento para melhorar a capacidade de vagas e evitar a desassistência da doença crônica no país?, sugeriu Jocemir Lugon. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, hoje, cerca de 70 mil pessoas necessitam de tratamento e não há vagas suficientes para atender a procura. Além disso, o número de pacientes tem aumentado 9% todos os anos e a estimativa é que dobre nos próximos cinco anos.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a curto prazo, são necessárias medidas emergenciais que aumentem as vagas para atender a demanda. A médio e longo prazo, as medidas recomendadas incluem: prevenir através de acompanhamento da saúde e diagnosticar precocemente para diminuir a velocidade e progressão da doença, além de retardar a necessidade de diálise.

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia apontam como sendo as principais causas do aumento da doença renal a hipertensão, a diabetes e o envelhecimento. Cerca de 70% das pessoas ignoram que têm essa enfermidade por conta da falta de sintomas. O diagnóstico na fase inicial, no entanto, pode ser feito por meio da dosagem de creatinina no sangue.

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?Da mesma maneira que o endocrinologista usa a glicose para diagnosticar a diabetes precocemente e o cardiologista usa o colesterol para diagnósticos da fase inicial das doenças cardíacas, o nefrologista tem um instrumento barato e simples que é a dosagem da creatinina no sangue, que sem dúvida pode facilitar um diagnóstico na fase inicial da doença, beneficiando o paciente com as intervenções?, lembrou Jocemir Lugon.