O Banco Mundial vai apoiar a primeira Avaliação de Impacto do Bolsa Família.
Promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a
pesquisa será feita pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da
Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG) em 226 municípios
brasileiros. Serão ouvidas 15 mil famílias, de todas as regiões, que atendam ao
perfil dos beneficiários do programa. Será a primeira pesquisa comparativa de
avaliação de uma política pública realizada no Brasil com essa dimensão.
De acordo com o secretário de Avaliação e Gestão da Informação do MDS,
Rômulo Paes, a dimensão da pesquisa e sua metodologia equiparam o país ao
México, hoje referência na América Latina no que diz respeito à avaliação de
políticas públicas. A qualidade da pesquisa foi testada por especialistas de
instituições brasileiras e estrangeiras, que estiveram reunidos em um seminário
realizado, nesta semana, em Belo Horizonte. Além do Banco Mundial, o
levantamento terá o apoio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE ) e da Universidade de Wisconsin (EUA).
Durante dois anos será
avaliado como o Bolsa Família muda a vida das famílias beneficiárias – condições
alimentares, situação educacional das crianças menores de 15 anos e saúde dos
menores de 5 anos . Para receber o recurso do programa, crianças e jovens com
até 15 anos incompletos precisam frequentar a escola. Além disso, é exigido
acompanhamento em saúde para crianças e gestantes. Em junho, o programa atingiu
mais de 7 milhões de famílias em 5.541 municípios e o Distrito Federal, com
transferência de recursos superiores a R$ 450 milhões por mês.