A taxa de analfabetismo caiu de 1,7% em 2001 para 1% em 2003. Além disso, a proporção de empregados com ensino fundamental incompleto recuou de 29,7% para 26%. Os dados são da pesquisa Perfil do Trabalhador Formal Brasileiro, elaborada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), divulgada nesta terça-feira.
De acordo com Alexandre Furlan, diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre os países do Mercosul, o Brasil é o que apresenta o menor nível de escolaridade. Furlan fez a comparação a pedido da imprensa, durante a apresentação da pesquisa. Mas a pesquisa não avaliou outros países além do Brasil.
"O trabalhador brasileiro tem notadamente o nível de escolaridade pior. Nos últimos anos, houve um ingresso mais substancial de crianças na escola, mas não se consegue fazer com que ela permaneça e atinja o nível de escolaridade médio dos demais países do Mercosul, que é de 9 anos", afirmou.
Mariana Raposo, diretora de operações do Sesi Nacional, também fez comparações com outros países a pedido da imprensa. A escolaridade média da população com mais de 15 anos, disse ela, não chega a seis anos. "Na América Latina vamos ter países com 12 anos e a média vai estar entre 10 e 12 anos. O Brasil é a mais baixa escolaridade da América Latina", afirmou.
No Brasil, os dados da pesquisa apontam que 42,4% dos trabalhadores estão no ensino fundamental, 38,1% no ensino médio e 18,5% no ensino superior. Esta é a segunda edição da pesquisa Perfil do Trabalhador e tem por base os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2003, do Ministério do Trabalho e Emprego.
Entre os setores pesquisados estão: o extrativo mineral, a indústria de transformação, os serviços industriais de utilidade pública, a construção civil, o comércio, serviços, administração pública, agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca.