Pesquisa revela que existem padrões regionais de casamentos no Brasil

A questão geográfica é importante para explicar os padrões regionais de união e casamentos, segundo o diretor do Centro de Políticas Sociais (CPS) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Néri. A FGV divulgou hoje (9) a pesquisa Sexo, Casamento e Economia.

Segundo ele, enquanto em muitas capitais mais de 40% das mulheres são solteiras, na zona rural o número cai para 25,6%. "A pesquisa mostra que a questão geográfica se torna muito importante para explicar os padrões quando as pessoas estão sozinhas ou não. Isso determina também o tipo de solidão. Se é uma pessoa divorciada será de lugares de mais alta renda, como São Paulo e Rio de Janeiro. Já no Piauí, de renda menor, as pessoas são casadas só no civil ou no religioso, porque têm de optar."

Em lugares mais ricos, segundo ele, onde as mulheres estão melhor na escala de renda, elas tendem a ficar sozinhas. "Mulheres e homens de grandes cidades tendem a ficar sozinhos. Por exemplo, como o registrado no bairro de Copacabana, no Rio, onde 64% das mulheres estão sozinhas."

Já o Distrito Federal e o Rio de Janeiro receberam pelos pesquisadores o título de "capitais da solidão", por registrarem os maiores números de mulheres sozinhas. As explicações, segundo Néri, são porque Rio e Brasília apresentam mais alto nível de renda e educação em relação ao restante do país e são também as cidades-estado mais metropolitanas do país. A prova é que a situação não acontece em São Paulo, que tem renda alta, mas possui um grande interior.

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