Pesquisa quer identificar alcance das hepatites virais no país

O governo federal ainda não sabe com precisão qual o alcance das hepatites virais no país. No caso da hepatite C, por exemplo, estimativas da Secretaria de Vigilância em Saúde apontam que cerca de 1,5 milhão de pessoas podem estar com o vírus que causa a doença.

Para obter dados precisos e subsidiar as ações de prevenção do governo, o Ministério da Saúde fará um inquérito nacional para identificar a prevalência das hepatites virais. Para isso, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) firmou em 2002 um convênio com a Universidade de Pernambuco (UPE).

Entre todas as doenças transmissíveis, a hepatite C foi a única que apresentou aumento no número de casos nos últimos anos, afirma a coordenadora do Programa Nacional de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Gerusa Figueiredo. "A hepatite B está com a mortalidade estabilizada, agora está havendo um aumento crescente da hepatite C. Nós temos uma série histórica de 1996 a 2002 mostrando um incremento na taxa de mortalidade da ordem de 30% em relação à taxa do ano anterior".

A conclusão da pesquisa está prevista para o final deste ano. Serão avaliadas aproximadamente 31,2 mil pessoas, a partir dos cinco anos de idade, residentes na zona urbana de todas as capitais brasileiras. O custo total da pesquisa será de R$ 2,2 milhões.

"Foi sorteada uma amostra de domicílios no Brasil inteiro, e essas casas serão visitadas e farão o diagnóstico. O trabalho já foi concluído nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Temos observado em ambas as regiões uma prevalência bastante baixa de portadores da hepatite B e uma prevalência por volta de 1% da população adulta de hepatite C", explica o diretor de Vigilância Epidemiológica da SVS, Expedito Luna.

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