Londres – O estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prevê que o Brasil, atualmente responsável por 40% das exportações mundiais de açúcar, fortalecerá seu domínio nesse setor nos próximos dez anos. Com isso, o País se tornará um "importante fator de moderação" nos preços futuros da commodity. Nem mesmo o forte crescimento da produção de etanol no Brasil limitará as exportações de açúcar do país.
Segundo o levantamento, os tradicionais exportadores de trigo – Argentina, Austrália, Canadá, União Européia e Estados Unidos – deverão manter suas posições dominantes, mas a produção da Ucrânia e Casaquistão está criando uma maior competição neste setor.
Caso seja confirmada a previsão de que os preços energéticos continuarão elevados, a produção da bioenergia através de cereais, sementes e açúcar deverá crescer, criando uma demanda adicional por essas commodities. Um maior uso do biodiesel em substituição aos combustíveis fósseis fortalecerá essa tendência.