Pesquisa mostra que UEL tem mais alunos da escola pública

Uma pesquisa realizada pela Diretoria de Avaliação e Acompanhamento Institucional da Pró-Reitoria da UEL constatou que o perfil dos alunos da universidade está mudando. O número de alunos procedentes da escola pública e com baixo poder aquisitivo aumentou depois do último vestibular. Os resultados podem ser conferidos na íntegra, na primeira página do site da UEL ou diretamente em http://www.uel.br/proplan/perfil-aluno/.

Para a reitora Lygia Pupatto, essa novidade comprova que a universidade está cada vez mais democrática. \"A nova universidade que se vai desenhando, aberta aos segmentos sociais sempre afastados do conhecimento e de seus benefícios, não é apenas menos injusta, ela é, sobretudo, mais necessária, em face a um país que precisa desenvolver-se de modo menos desigual\", diz Lygia.

Conforme os dados do levantamento das características sócio-econômicas, educacionais e culturais, a UEL possui uma heterogeneidade e um crescente contingente de alunos oriundos de segmentos sociais de menor renda.

Com a implantação da política de cotas, alunos vindos de escolas públicas têm acesso a cursos que antes estavam reservados a alunos provenientes de escolas particulares. Cerca de 40,87% dos alunos que ingressaram em 2005 vêm de famílias cuja renda não ultrapassa cinco salários mínimos mensais.

Quase metade dos alunos que ingressaram na UEL este ano – 49,92% – cursou o 2º grau, integralmente, em escola pública. A partir de 2001, esses índices foram aumentando ano a ano – de 34,25% para 38,12%, 44,75% e 42,61% – o que também indica correspondência com os dados de renda.

Os alunos entre 16 e 25 anos são maioria, com 89,26%, e, destes, a faixa de 16 a 18 anos é a que registra a maior freqüência, com 47,80%. A novidade está no registro de alunos entre 16 e 18 anos nos cursos noturnos, que se elevou da faixa dos 29% nos dois últimos anos para 34,06% em 2005. Esta variação deve ser atribuída à política de cotas, que possibilita o acesso à universidade dos alunos que necessitam trabalhar.

Sobre a procedência dos alunos matriculados na UEL, 64,35% são do Paraná. Destes, 62,24% são de Londrina e outras cidades da Região Norte. A segunda maior freqüência, quanto à procedência, refere-se a alunos do estado de São Paulo, 32,21%.

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