Os brasileiros bateram o recorde dos norte-americanos quanto a colesterol alto. Uma pesquisa apresentada no 57.º Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia em São Paulo mostra que 40% dos brasileiros estão com o colesterol acima do normal. Nos Estados Unidos, a porcentagem é de 36%.
O resultado da pesquisa, que dosou a taxa de colesterol de cerca de 80 mil pessoas no Brasil, surpreendeu os cardiologistas. “Sabíamos que o número deveria ser alto, mas não tanto”, diz Juarez Ortiz, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O limite de normalidade para o colesterol é de 200 miligramas por decilitro de sangue. Quem tem nível acima desse valor entra nas estatísticas de indivíduo com colesterol alto – um dos fatores de risco para os enfartes.
Para reverter o quadro, só mesmo a prevenção. “E prevenção não custa nada”, afirma Antônio Carlos Carvalho, presidente do congresso. “Em compensação, não há como fugir dos altos custos para tratar a doença cardiovascular já instalada.” A fórmula para evitar problemas com o coração se resume a três medidas: praticar exercícios regularmente, reduzir o consumo de alimentos gordurosos e não fumar.
Se a teoria é fácil, o mesmo não se pode dizer da prática. Prevenção significa mudar hábitos para obter resultados a longo prazo, não imediatos. “As pessoas já têm informação sobre hábitos saudáveis de vida. Agora, precisam compreender a importância da prevenção para quando estiverem 20 anos mais velhas”, explica.
