A inatividade física, ou seja, indivíduos que não praticam qualquer atividade física no lazer, não realizam esforços físicos intensos no trabalho, não se deslocam para o serviço a pé ou de bicicleta, nem fazem a limpeza pesada de suas casas atinge cerca de 30% da população brasileira. Essa foi uma das informações colhidas pelo Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco (Vigitel), que realizou 54 mil entrevistas em todas as capitais brasileiras no ano passado.

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Segundo o pesquisador Carlos Monteiro, da Escola de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), principal responsável pela pesquisa, o número de brasileiros que não praticam nenhuma atividade de esforço físico foi um dos dados que mais chamaram a atenção. Os resultados da pesquisa, encomendada pelo Ministério da Saúde, foram divulgados nesta quarta-feira (14) em Brasília.

Foi assustador, de certa maneira, identificar 30% dos adultos nessa situação, mais homens do que mulheres e mais pessoas de nível socioeconômico mais elevado. Quanto maior a escolaridade da pessoa, maior a proporção de pessoas que são totalmente inativas. Então esse foi um dado novo e, como um dado novo, acabou surpreendendo, afirmou Monteiro.

A capital do Rio Grande do Norte, Natal, foi a que apresentou maior índice de inatividade física (35,1%). O menor índice (21 6%) foi registrado em Boa Vista, capital do Acre. A pesquisa também constatou que a inatividade física é mais freqüente no sexo masculino do que no feminino. Entre os homens, o maior sedentarismo foi observado em João Pessoa (47,3%), na Paraíba; Natal (46,8%) e Maceió (43,9%), em Alagoas. O menor sedentarismo foi encontrado nas cidades de Boa Vista (28,6%), Porto Velho (31 7%), em Rondônia, e Palmas (33,3%), em Tocantins.

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Entre as mulheres, a maior freqüência de sedentarismo foram encontradas na capital sergipana, Aracaju (26,5%), e em Natal (25,4%) e João Pessoa (25%). As menores taxas são as de Boa Vista (14,6%), Manaus (14,8%), no Amazonas, e Porto Velho (16 6%).

De maneira geral, a freqüência de adultos que praticam atividade física no lazer foi considerada modesta em todas as capitais brasileiras. O Distrito Federal, com 21,5%, foi a unidade onde as pessoas mais praticam atividade física, e São Paulo (10,5%), a capital onde menos se praticam exercícios físicos. O estudo também verificou que mais homens do que mulheres praticam atividades físicas no lazer.

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