Pesquisa mostra aprovação popular a Lula, diz Berzoini

O presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), afirmou que os dados da pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje refletem a avaliação que a população faz do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da administração de seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. Ele afirma que a performance de Lula com 44,1% das intenções de voto no primeiro turno serve de prova de que a população está satisfeita com seu governo. Já a performance do tucano Geraldo Alckmin, que obteve 27,2%, enfrentaria um impacto da experiência atravessada pelos eleitores com o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, na avaliação do petista.

"Não se trata de algo objetivo, mas isso reflete o tipo de experiência vivida", disse Berzoini, destacando que os dados de aprovação de governo Lula indicados na pesquisa ajudam a confirmar essa teoria. O levantamento mostra que a avaliação positiva do governo Lula subiu de 38,3% para 41%. Os eleitores que avaliaram negativamente o governo totalizaram 19,3%, abaixo dos 22,2% obtidos na pesquisa anterior. Já a avaliação regular saiu de 37,5% para 38,5%. "Se nós observarmos a relação entre o voto e a avaliação do País, temos algo muito próximo", afirmou Berzoini. "O segundo colocado (Alckmin) representa uma experiência que o povo já viveu. E sofreu muito", acrescentou.

Berzoini também afirmou que os números mostram uma consolidação, ainda que não absoluta, da performance do presidente Lula. "Há uma estabilidade muito forte", afirmou. Mesmo assim, ele assegurou que o PT não trabalha com a idéia de vencer a eleição no primeiro turno, apesar de existirem indícios que permitam sonhar com esta possibilidade. Ao comentar o avanço obtido pelo tucano na pesquisa, Berzoini disse que o crescimento era esperado, pois a população passa a ter um conhecimento maior dos candidatos na medida em que a eleição se aproxima.

Berzoini voltou afirmar que o PT tem trabalhado com cautela a avaliação das pesquisas eleitorais. Segundo ele, a campanha acabou de começar, abrindo espaço para muitas mudanças até a chegada da eleição, em outubro. "A campanha ainda está no aquecimento. Nós nem chegamos ao primeiro tempo", disse. "Estamos trabalhando com muita tranqüilidade a leitura de pesquisas pois achamos que este jogo ainda está muito no começo." O presidente do PT avalia que, considerando a tendência de polarização da eleição presidencial, um quadro mais claro da performance dos candidatos só ficará visível por volta de agosto.

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