A desigualdade entre negros e não-negros no mercado de trabalho está diminuindo, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Mas o coordenador da pesquisa, Antônio Ibarra, destaca que a redução da desigualdade racial é resultado de uma crise nas condições gerais de emprego entre 1998 e 2004, período analisado pelo departamento.

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"A desigualdade do negro em relação ao não-negro diminuiu porque o mercado de trabalho foi pouco gratificante para todo mundo, em especial para o não-negro", disse Ibarra.

De acordo com a pesquisa, cresceu a participação dos negros no mercado de trabalho, seja empregados ou procurando emprego. O maior crescimento foi registrado em Belo Horizonte e Porto Alegre, cujas taxas passaram, respectivamente, de 58,5% para 61,5%, e de 56% para 58,3%.

Apesar de serem maioria entre a População em Idade Ativa, ou seja com 10 anos ou mais, a pesquisa revela que a taxa de desemprego entre os negros, em 2004, nas seis regiões metropolitanas pesquisadas (Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo), continua maior que a entre os não-negros, variando da maior taxa em Salvador (26,9%) ao menor índice em Belo Horizonte (21,9%). Já entre os não-negros as taxas de desemprego ficaram em 18,4% e 17,2%, respectivamente.

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