Pesquisa do BC revela melhor perspectiva para o crescimento industrial

Pesquisa realizada pelo Banco Central na última sexta-feira e divulgada hoje
revela que as instituições financeiras consultadas reviram a visão pessimista
sobre o crescimento da produção industrial. A queda gradativa que vinha se
verificando nas projeções transformou-se em expectativa positiva há duas
semanas, a ponto de a estimativa anterior, de crescimento de 4,10% neste ano,
haver aumentado para 4,29%.

Essa mudança de comportamento na indústria
não foi suficiente, porém, para alterar a expectativa de aumento do Produto
Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. O
boletim Focus com a pesquisa do BC mostra que foi mantida a projeção de
crescimento de 3% para o PIB deste ano e de 3,50% para o PIB do ano que
vem.

As projeções dos especialistas pioraram levemente quanto à relação
dívida pública/PIB. A estimativa anterior, de a dívida encerrar 2005 com
comprometimento de 51,40% do PIB, subiu para 51,41%, enquanto a projeção para
2006 aumentou de 50,10% para 50,20%.

Isso, em um cenário no qual a taxa
básica de juros (Selic), hoje de 19,75% ao ano, caia para 18% até dezembro; e
ceda para 15,75% no encerramento de 2006, contra projeção de 15,88% na pesquisa
da semana passada. Os analistas mantiveram a expectativa de que a Selic
permanecerá igual nas reuniões que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará
neste mês e em agosto.

De acordo com perspectivas dos economistas
consultados, o saldo da balança comercial (exportações menos importações) deste
ano crescerá mais um pouco, de US$ 35,45 bilhões para US$ 35,95 bilhões,
empurrando para cima a projeção de superávit (saldo positivo) do ano que vem, de
US$ 29,97 bilhões para US$ 30 bilhões.

O boletim Focus manteve a
estimativa de US$ 9,50 bilhões para o saldo de conta corrente, que envolve todas
as transações comerciais e financeiras, menos juros da dívida; e o prognóstico
para o saldo de conta corrente para 2006 também permanece em US$ 4 bilhões. A
pesquisa aposta ainda que a entrada de investimentos estrangeiros diretos será
mesmo de US$ 15 bilhões no ano (US$ 15,30 bilhões no ano que vem).

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