A perspectiva de crescimento industrial está em alta há três semanas, de acordo
com as expectativas dos analistas do mercado financeiro, expressas na pesquisa
semanal realizada pelo Banco Central sobre as tendências dos principais
indicadores da economia.
A produção industrial deve aumentar 4,40%,
contra estimativa anterior de 4,29%, de acordo com os analistas de mercado e de
instituições financeiras ouvidas pelo BC na última sexta-feira. A perspectiva de
aumento para o ano que vem foi mantida em 4,50%.
A pesquisa destaca
aumento substancial na projeção do saldo da balança comercial (exportações menos
importações), com evolução de US$ 35,95 bilhões para US$ 36,45 bilhões neste ano
e estimativa de US$ 30 bilhões em 2006.
Como resultado imediato, o
boletim Focus eleva também a expectativa do saldo de conta corrente externa, que
abrange todas as transações comerciais e financeiras do país, menos juros da
dívida. Pelos cálculos dos analistas, o saldo deste ano será de US$ 10 bilhões e
não mais US$ 9,50 bilhões conforme previa a pesquisa anterior, e o saldo de 2006
será de US$ 4 bilhões.
Neste ano haverá pequena redução, de 51,41% para
51,40%, na relação da dívida líquida do setor público com o Produto Interno
Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. A relação
cairá um pouco mais, de 50,20% para 50%, nas estimativas para 2006.
De
acordo com a pesquisa do BC, não há alteração na expectativa do crescimento do
PIB deste ano, que deve ser mesmo de 3% (3,50% no ano que vem), nem na
perspectiva de entrada de investimento estrangeiro direto, estimada em US$ 15
bilhões (US$ 15,31 bilhões em 2006).
Permanece igual também a perspectiva
de redução da taxa básica de juros (Selic) dos atuais 19,75% ao ano para 18% no
final de 2005, caindo para 15,75% até dezembro de 2006. Diminui, porém, mais uma
vez, a perspectiva da cotação do dólar norte-americano no encerramento do ano,
que era de R$ 2,60 na semana passada e agora cai para R$ 2,55 e mantém cotação
de R$ 2,80 para final de 2006.