Pesquisa do BC prevê quedas do PIB e da produção industrial

As estimativas dos analistas financeiros para o Produto Interno Bruto (PIB) ?
soma das riquezas do país ? estão em queda há quatro semanas, e a projeção que
era de 3,50% no mês passado está agora em 3%. Resultado da retração na produção
industrial, cujo crescimento anual, antes previsto em 4,22%, caiu para 4,07% na
pesquisa Focus desta semana, divulgada há pouco pelo Banco Central.

A
pesquisa é realizada todas as sextas-feiras com uma centena de analistas e
instituições financeiras com o objetivo de observar as tendências do mercado
sobre os principais indicadores da economia, e o resultado é divulgado sempre no
primeiro dia útil da semana seguinte.

De acordo com os especialistas do
mercado, o menor crescimento do PIB e da produção industrial neste ano não afeta
as projeções para o ano que vem, que foram mantidas em 3,50% para o PIB e 4,50%
para a produção. Afeta, porém, a relação entre dívida líquida do setor público e
PIB, que estava em queda gradativa e agora interrompeu o processo, mantendo a
projeção de chegar ao final do ano com a relação dívida/PIB em 51,40%. Mais
otimista em relação à retomada do crescimento em 2006, os analistas prevêem que
a relação cairá da previsão anterior de 50,50% para 50,10%.

O boletim
Focus manteve a projeção de saldo da balança comercial (exportações menos
importações) em US$ 35 bilhões neste ano, e elevou a projeção de US$ 29,04
bilhões para US$ 29,33 bilhões no ano que vem. Manteve também a previsão de US$
15 bilhões para a entrada de investimentos estrangeiros diretos em 2005, e
aumentou para US$ 15,75 bilhões a projeção de recursos externos no setor
produtivo em 2006.

De acordo com a pesquisa divulgada hoje (27), o
superávit (saldo positivo) de conta corrente externa, que envolve todas as
transações comerciais e financeiras, será ainda melhor do que a projeção
anterior, que apontava saldo de US$ 9,20 bilhões. Pelas novas estimativas, o
saldo será de US$ 9,35 bilhões neste ano, e a previsão de US$ 4 bilhões para
2006 foi mantida.

Esse "cenário de mercado" é calculado com base em que a
valorização do dólar norte-americano não ultrapasse R$ 2,65 no final do ano (R$
2,80 em 2006), e que a taxa básica de juros (Selic), hoje de 19,75% ao ano, caia
para o patamar de 18% até dezembro (15,63% no final do ano que vem).

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