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Quase 60 milhões de pessoas, ou um terço da população, tinham telefone celular para seu próprio uso em 2005. No ano passado, o celular também superou o número de linhas fixas de telefone das residências do país.

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De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2005, divulgada hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de moradias com celular passou de 47,8% em 2004 para 59,3% em 2005, enquanto o número de linhas fixas caiu de 48,9% para 48,1%.

A pesquisa mostra que a posse do celular foi maior entre as pessoas com mais renda e escolaridade, concentrada na região Sudeste. Os homens foram os maiores usuários do aparelho. O estudo também revelou que de 2001 para 2005 a proporção de residências que contavam somente com celular subiu de 7,8% para 23,6%.

A economista do IBGE, Márcia Quintslr, atribuiu a preferência pelo telefone celular ao alto custo da telefonia fixa. ?Com a facilidade da aquisição do plano pré-pago, ou seja, o telefone de cartão, muita gente consegue controlar os gastos melhor do que com uma linha fixa em casa?, explicou.

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A doméstica Ilza da Conceição, moradora do subúrbio de Madureira, no Rio de Janeiro, disse que já teve uma linha fixa em casa, mas que o dinheiro que ganha por mês não dá para pagar a conta.

Ela diz que agora só tem celular de cartão e que é muito mais barato do que pagar uma conta de telefone no final do mês. ?Com um cartão de R$ 20,00 por mês eu falo com minha patroa, com minhas amigas e ainda agendo faxina pelo telefone celular?.

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