O estudo revelou que o total de pesquisados que consideram a situação da economia brasileira melhor do que no mês anterior passou de 12,5% em julho para 16,8% em agosto. Incluindo os consumidores que analisam como estável o atual cenário, o número alcançado é de 72,1% do total das respostas, contra 66,6% obtidos em julho. Aloísio Campelo disse que esse é o 2º melhor resultado da série histórica, iniciada em 2002, depois dos 79,3% registrados em janeiro deste ano.
O quadro positivo é confirmado nas expectativas para os próximos 6 meses. O número de pessimistas em relação ao futuro da economia do país caiu de 20,7% em julho para 14,2%, com aumento do percentual dos que prevêem melhora de 39,4% para 42,4%.
Campelo disse que o pico de expectativas favoráveis foi em janeiro deste ano, quando 60% dos entrevistados apostavam em melhoria para os próximos seis meses. Ele explicou que um efeito cíclico faz com que em janeiro as pessoas se tornem mais otimistas, depois da virada do ano. Em abril, esse número caiu para 34,5%. Nessa época, a FGV constatou que a economia estava crescendo, por conta das exportações e do agronegócio, com sinais de retomada de emprego e renda.
Para o economista, se o sentimento do pesquisado for pessimista, ele vai adotar uma postura cautelosa em relação a seus gastos, reduzindo as contratações se for empregador, o que diminui o nível de atividade econômica. ?Por outro lado, à medida que o consumidor vai recuperando sua confiança, ele passa a se tornar um indutor maior do crescimento econômico?, afirmou.
A Sondagem de Expectativas do Consumidor de agosto foi elaborada com base em dados coletados em 1.464 domicílios, de 12 capitais brasileiras entre os dias 5 e 20 de agosto. A partir deste mês, a pesquisa, que era trimestral desde outubro de 2002, passa a ser mensal.
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