Pesquisa CNT/Sensus aponta queda de popularidade do presidente

Brasília – A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve queda de 5,7 pontos percentuais este mês, segundo pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Entre os dois mil entrevistados, 59,6% aprovam o desempenho de Lula, contra 65,3 %, em fevereiro.

O índice dos que desaprovam passou de 24,2% para 30,5%. O governo também perdeu pontos. Os que avaliam a atuação da equipe de Lula entre ótima e regular caiu de 80,5% para 77,3%. Entre os que consideram entre ruim e péssimo, o aumento foi de 4,3 pontos percentuais, de fevereiro para março.

A confiança no crescimento da economia, em 2004, soma 55,1% da opinião dos entrevistados, entre os que acham que haverá grande crescimento (13,6%) e os que acreditam numa pequena melhora (41,5%). Para 34,2% das pessoas não haverá crescimento econômico.

A condução das políticas e ações pelo governo para resolver os problemas do país está agradando 39,3% dos brasileiros. Entre os 43,9% que consideram que há infecácia na forma de conduta, a principal razão apontada é a herança deixada pelo governo anterior, seguida pela equipe do governo Lula e as dificuldades econômicas do país.

Cerca de 34% dos entrevistados que estão trabalhando afirmaram que abririam mão de direitos trabalhistas para manter seus empregos. Entre os desempregados esse índice chega a 49%. O governo anterior é considerado o principal responsável pelo desemprego por 31,5% dos entrevistados, seguido pelo governo Lula e pela inflação.

Entre os entrevistados, 19,5% têm emprego fixo e pouco mais de 26% procuram uma ocupação estável. No entanto, 52,3% não têm ou não estão procurando um trabalho fixo e 2% não responderam.

Apesar da grande repercussão, quase 53% dos entrevistados sequer ouviram falar do caso do ex-assessor da Presidência, Waldomiro Diniz. Em fevereiro, o caso veio à tona com a apresentação de uma fita de vídeo em que Waldomiro pedia propina a um bicheiro para financiar campanhas eleitorais.

Entre os que acompanharam o episódio, 50,2% acreditam que ele foi muito prejudicial ao governo. Cerca de 22% acham que o caso refletiu pouco sobre o governo; 19,2% que foi indiferente; e 8,8% não responderam. O caso fez com que 19,3% dos entrevistados mudassem de opinião em relação ao PT, mas a maioria (68,7%) manteve seu conceito sobre o partido.

A percepção sobre a corrupção se manteve estável para a maioria dos entrevistados (51,3%), mas para 11% aumentou muito ? resultado que revela uma melhora em relação a dezembro, quando 14,8% achavam isso. Para 14,1% dos entrevistados, houve um pequeno crescimento na corrupção. Em dezembro, foram 11,6%. Entre os que acreditam que ela diminuiu, 15,1% acham que foi pouco, contra 16,9% em dezembro, e 1,4%, muito. (2,6% em dezembro).

Para 26% dos entrevistados, a corrupção no país é menor hoje que no governo anterior, enquanto 21% acham que está maior agora e 44% igual ao período de Fernando Henrique. A medida de fechamento dos bingos é aprovada por 49,1% e desaprovada por 40,8%.

A pesquisa CNT/Sensus foi realizada de 24 a 26 de março, em 195 municípios.

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