Brasília – A confiança de que o ano de 2007 vai ser bom para o setor industrial aumentou nos últimos três meses. É o que revela a pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial divulgada nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No primeiro mês do ano, o índice de confiança da indústria atingiu 59 pontos, 4 pontos a mais do que o registrado em outubro (55). Os indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes.
Segundo a pesquisa, o aumento na confiança dos empresários é reflexo, principalmente, do aumento das vendas de fim de ano. ?Em geral sempre há um aumento do índice de confiança no início do ano?, observou o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI, Renato da Fonseca.
A melhora na confiança dos empresários também foi influenciada, de acordo com a CNI, pelo sentimento de que a situação dos negócios parou de piorar e pela melhora nas expectativas para os próximos seis meses. ?O índice de condições atuais elevou-se a 50,2 pontos (indicando estabilidade nas condições atuais com relação aos últimos seis meses), frente a 46,5 pontos em outubro e 46,1 pontos em janeiro de 2006. Essa melhora foi percebida tanto pelos empresários das grandes empresas como pelos das pequenas e médias?, diz o texto da pesquisa.
Para a CNI, o crescimento da confiança do industrial em janeiro foi positivo, ?mas não o suficiente para impulsionar um aumento significativo no atual ritmo de crescimento da indústria?. A perspectiva da confederação é de que no primeiro semestre de 2007 o nível de atividade deverá continuar crescendo, mas a um ritmo bem próximo ao atual.
Apesar do índice de confiança do setor registrado este mês ter superado em 1,8 ponto o verificado no mesmo período do ano passado (57,2), em janeiro de 2005 os empresários da indústria estavam mais otimistas. Na ocasião, o índice foi de 64,9 pontos.
Na avaliação de Renato Fonseca, o índice de janeiro de 2005 refletiu o bom desempenho da indústria no ano anterior. ?Em 2004 tivemos um crescimento industrial incentivado principalmente pelo freio por parte do governo em termos de taxas de juros?, disse.
A pesquisa da CNI foi realizada no período de 2 a 19 de janeiro com 189 empresas de grande porte e 1.137 pequenas e médias indústrias. O levantamento é realizado trimestralmente.
