Pesquisa aponta lenta recuperação industrial

A indústria de transformação saiu da ante-sala da recessão, na qual se encontrava em meados do ano, para o início de um lento processo de recuperação. Conforme a Sondagem Industrial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a desvalorização cambial é o principal motivo deste ?começo de recuperação?. O câmbio estimulou as exportações e a substituição de importações. Mas gerou um efeito preocupante: 48% das indústrias querem aumentar os preços até dezembro, a maior taxa das 32 sondagens realizadas desde janeiro de 1995.

O coordenador de análises econômica da FGV, Salomão Quadros, confirma o começo de uma recuperação, mas ressalta que é cedo para se falar numa retomada consistente. ?A recuperação se dá em velocidade baixa. Para que se consolide é necessário colocar em marcha outros fatores, como o investimento industrial. E não é de se esperar uma onda de investimentos num cenário econômico ainda pouco claro?, ponderou o economista. A sondagem coletou informações de 1.225 empresas.

Na prática, a diferença entre respostas negativas e positivas sobre a economia, o chamado saldo da pesquisa, recuou da taxa de -21 em julho para apenas -3% em outubro. O segmento de bens de consumo apresentou a melhor resposta à demanda externa, enquanto a boa performance dos bens intermediários evidencia uma substituição de importações. ?Além disso, os dados mostram que as indústrias estão comprando relativamente mais no mercado interno?, afirmou o economista da FGV.

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