Cerca de 3.500 pescadores do litoral paranaense receberão do governo um salário mínimo por mês, por tempo indeterminado, para garantir a sobrevivência até que possam voltar às suas atividades. Os pescadores estão impossibilitados de trabalhar desde o último domingo, quando um navio chileno carregado com onze toneladas de metanol explodiu no porto de Paranaguá, causando sérios prejuízos ao meio ambiente.
Além do metanol, o óleo mineral do navio já se espalhou por um raio de 30 quilômetros no mar. Por isso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) proibiu a pesca no local por tempo indeterminado.
Para fazer uma avaliação dos prejuízos, o ministro da Pesca, José Fristch, está hoje em Paranaguá. Segundo o ministro, a intenção do governo é inicialmente garantir aos pescadores prejudicados um salário mínimo por um período de 60 a 90 dias, mas esse prazo pode ser prorrogado até que o Ibama autorize a volta à pesca no local. O ministro afirmou que para o pescador ter direito a esse seguro, ele deve ser cadastrado como profissional artesanal e ter, no mínimo, seis meses de registro.
José Fristch reconheceu que um salário mínimo não irá cobrir o prejuízo diário dos pescadores, mas é uma forma de minimizar o prejuízo. ??Isto significa que os pescadores que saíam todos os dias para pescar não têm mais como garantir a sua sobrevivência já que não tem mais renda. Então, o seguro compensa minimamente as perdas", afirmou. Os recursos para indenizar os pescadores vêm do Fundo de Amparo ao Trabalhar (FAT), do ministério do Trabalho.