A redução da carga tributária sobre a produção industrial, introduzida na legislação no final de 2004, deveria ajudar as empresas de bens de capital a otimizar seu desempenho. Na mesma época, o BNDES criou o Programa de Modernização do Parque Industrial Nacional (Modermaq), para financiar a compra de máquinas e equipamentos novos, fabricados no Brasil, em valor acima de R$ 10 milhões, taxas de juros fixas de 13,95% ao ano, mais a remuneração da instituição repassadora do crédito.

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Entretanto, estudo feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento, concluiu que mesmo com a abertura dos empréstimos, o BNDES não conseguiu cumprir as metas estabelecidas para a aquisição de bens de capital por falta de clientes. Também atuando na área, o Finame liberou de janeiro a maio desse ano R$ 689 milhões, valor 9% menor que o aplicado no mesmo período em 2005.

Por sua vez, o BNDES emprestou à indústria de bens de capital nos primeiros cinco meses do ano o total de R$ 6,3 bilhões, mas o número ficou 16% abaixo do realizado no ano passado. Para o dirigente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, os empresários não pegam esse dinheiro para ampliar a capacidade instalada porque o custo ainda está muito alto. A redução da carga tributária não vai além de 4% na queda do custo final, ao passo que o custo do empréstimo do BNDES fica entre 14% e 17% anuais. Enquanto os juros estiverem na estratosfera, os empresários continuarão com os pés na terra.

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