O setor industrial está utilizando em plena carga, há 14 trimestres consecutivos, a sua capacidade instalada. A informação foi apurada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que passou a falar com certo otimismo de uma nova perspectiva de crescimento econômico, sem os percalços recorrentes das duas últimas décadas.

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A instituição explica que o maior responsável pelo dinamismo do setor industrial foi o aquecimento dos níveis internos de consumo, fator decisivo para a elevação do ritmo da produção como não registrava em 30 anos. Com isso, a indústria ganhou condições de equilibrar os estoques e enfrentar a demanda em contínua expansão.

Segundo a análise elaborada pela Fundação Getúlio Vargas, sob supervisão do pesquisador Aloísio Campelo, os sinais indicam que a indústria não está mais oscilando entre bons e maus desempenhos. A comprovação é que todos os setores industriais ampliaram o uso da capacidade instalada, ou seja, produziram mais durante o mês de agosto em comparação com os últimos dez anos.

Um impulso decisivo para a consolidação do ingresso do setor num novo patamar virá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que prevê o aumento de 35% do crédito direcionado à indústria no presente exercício.

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O banco deverá emprestar cerca de R$ 17,6 bilhões para o setor, privilegiando os segmentos passíveis de incrementar a utilização da capacidade produtiva.

Em outras palavras, isso reverterá na abertura de novos postos de trabalho e, por conseguinte, na melhoria das condições econômicas de muitas famílias.

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