É cada vez mais constante o número de sobressaltos que recaem sobre a atividade agrícola, realização produtiva de vital importância para o desenvolvimento econômico de qualquer país.
Muito mais, pelo fato de constituir-se patamar essencial do qual derivaram recursos para financiar a implantação do setor industrial e sua expansão, como é o caso do Brasil.
A agricultura tem sofrido abalos sistemáticos, nos últimos anos, causados por planos econômicos imediatistas e ruinosos, além de ser inteiramente vulnerável às instabilidades climáticas, como a seca ou excesso de chuvas, em fases específicas do desenvolvimento das colheitas.
Um estudo realizado pelo IBGE, fonte segura e respeitada de indicadores econômicos e sociais capazes de subsidiar a elaboração de projetos adequados às exigências pontuais do processo brasileiro de crescimento, cita como um dos vilões da agricultura os erros de regulagem das máquinas e a limitação da colheita manual.
As perdas também se verificam nas fases de pós-colheita – as evidências são indiscutíveis – em grande medida causadas por armazenamento incorreto, reduzindo tanto a quantidade quanto a qualidade dos produtos estocados. Também o tipo de transporte escolhido contribui em muito para o aumento do desperdício.
Entre os anos de 1996 e 2000 o Brasil deixou de colher uma gigantesca montanha de 28 milhões de toneladas de grãos, por conta das perdas verificadas entre o plantio e a pré-colheita de arroz, feijão, milho, soja e trigo.
Negligência que torna risível a extravagante superioridade trombeteada pelos apólogos do agronegócio.