Perda potencial com invasão no RS pode chegar a US$ 20 milhões

Em comunicado divulgado hoje, a Aracruz Celulose informa que a perda potencial decorrente da invasão do Horto Florestal da Fazenda Barra Negra, em Barra do Riacho (RS), na madrugada de 8 de março, pode chegar a US$ 20 milhões. "Se a Aracruz decidir ampliar sua atuação no Estado, com a implementação de uma nova unidade fabril com produção adicional de 1 milhão de toneladas de celulose por ano, essa perda potencial pode chegar a US$ 20 milhões", diz a companhia.

Conforme a Aracruz, um levantamento realizado por técnicos da companhia aponta que os prejuízos decorrentes da destruição de parte do viveiro são de US$ 300 mil – na ocasião, cerca de 5 milhões de mudas já prontas para o plantio foram destruídas. Durante a invasão, a estrutura física e equipamentos do laboratório também foram danificados e, segundo a Aracruz, vão demandar investimentos de US$ 400 mil para serem recuperados

O levantamento da companhia aponta ainda que, em termos de material genético, "foram perdidas cerca de 600 combinações híbridas de eucalipto – cruzamentos entre matrizes selecionadas de diferentes espécies -, cujo desenvolvimento foi iniciado há cerca de 15 anos". Parte deste material, segundo a Aracruz, seria utilizada para plantios comerciais nos próximos sete anos, com ganho de produtividade estimado em 15%. "A não realização deste índice representa uma perda de US$ 6 milhões, considerando a base florestal atual", acrescenta a companhia.

A Aracruz destaca que, ao final de sete anos, espera ter produzido novos materiais com potencial equivalente ao daqueles que foram perdidos. "Os trabalhos de recuperação do viveiro já estão em andamento e a companhia está dialogando com órgãos competentes e governo para tomar as medidas necessárias, em defesa de seus direitos", diz o comunicado.

A companhia reitera, na nota, a avaliação de que o ato "não representa a vontade da sociedade gaúcha, que vem demonstrando aceitação social e receptividade aos empreendimentos do setor. A empresa acredita que não se trata de um ataque específico à empresa, mas à atividade da silvicultura em todo o território do Estado e ao agronegócio brasileiro como um todo", diz.

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