Brasília ? O Brasil divide com Belize, um país da América Central com menos de 300 mil habitantes, a 62ª colocação no ranking internacional de percepção de corrupção da organização não-governamental Transparência Internacional. Os países receberam nota 3,7 em uma escala que vai até dez. Zero é o grau máximo de corrupção percebido por observadores residentes e estrangeiros nas relações entre Estado e sociedade civil.
A versão 2005 do estudo, que foi divulgada hoje (18), traz a Islândia no topo do ranking (9,7). Finlândia (9,6), Nova Zelândia (9,6), Dinamarca (9,5), Cingapura (9,4) e Suécia (9,2) vêm em seguida. Bangladesh e Chade aparecem como os mais corruptos, com 1,7 ponto. Na América do Sul, o Chile é considerado o menos corrupto (7,3), enquanto o Paraguai tem a pior avaliação da região (2,1).
Acima do Brasil aparecem Cuba, Tailândia e Trinidad e Tobago (todos com nota 3,8). Abaixo, vem a Jamaica (3,6), seguida por Gana, México, Panamá, Peru e Turquia (com 3,5).
De acordo com o documento, mais de dois terços das 159 nações pesquisadas receberam notas menores do que a média, "indicando sérios níveis de corrupção na maioria dos países pesquisados".
Em nota divulgada hoje, o presidente da Transparência Internacional, Peter Eigen, disse que a "corrupção é a principal causa de pobreza e, ao mesmo tempo, uma barreira para diminui-la. Uma alimenta a outra, prendendo a população em um ciclo de miséria."
Por motivos de metodologia, a instituição desaconselha que se façam comparações de um ano a outro, seja na posição do ranking ou mesmo na nota atribuída ao país. A principal razão seriam "mudanças nos componentes do índice e ajustes estatísticos introduzidos no processo".