Pequeno Príncipe inicia campanha sobre Fibrose Cística

O Hospital Pequeno Príncipe lança hoje, em Ponta Grossa, a campanha estadual de conscientização sobre Fibrose Cística. A doença é hereditária e não tem cura, mas, com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado é possível dar qualidade e longevidade às crianças portadoras.

No ano passado, o Hospital desenvolveu a campanha em Curitiba. A iniciativa de estendê-la a todo o Paraná tem como objetivo encontrar casos ainda não diagnosticados. ?Como os sintomas são comuns a outras doenças pulmonares, muitas crianças têm o diagnóstico e tratamento inadequados?, explica o médico coordenador da campanha, Paulo Kussek.

No lançamento, em Ponta Grossa, uma equipe multidisciplinar do Pequeno Príncipe fará palestra para profissionais da saúde e da educação, abordando o aspecto clínico, nutricional e psicológico do portador de Fibrose. ?Além de orientar sobre a parte médica, a campanha tem o objetivo de promover a inclusão social dos portadores de FC, garantindo seus direitos?, salienta Kussek. Segundo ele, os professores são fundamentais neste processo, pois podem ajudar a identificar novos casos e facilitar a convivência dos portadores com as demais crianças.  A equipe fará palestra ainda em Campina Grande do Sul (9/11), Cascavel (11/11), Londrina e Maringá (segunda quinzena do mês).

As escolas estaduais e particulares de ensino infantil e fundamental e os estabelecimentos de saúde dos demais municípios do Paraná vão receber manuais e folders com informações sobre a doença. No total, o material atingirá 10 mil escolas e estabelecimentos de saúde.

Uma pesquisa realizada pelo médico Salmo Raskim aponta que no Paraná a incidência de Fibrose é de 1 para cada 6,8 mil crianças nascidas vivas. Com base nesse levantamento, estima-se que no Paraná existam aproximadamente 500 crianças com a doença. Mas apenas 200, aproximadamente, fazem tratamento. ?Do ano 2001 para cá, a Fibrose passou a ser triada pelo teste do pezinho. Mas acreditamos que muitas crianças que nasceram antes disso podem ter a doença, com diagnóstico errado?, explica.

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