Pelosi: Congresso não dará “cheque em branco” a Bush

A nova presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, prometeu ontem (07) um grande escrutínio do esperado plano do presidente George W. Bush de enviar mais soldados americanos para o Iraque. Nancy declarou que o Partido Democrata – que passou a controlar o Congresso pela primeira vez em 12 anos – não dará a Bush um "cheque em branco" para sua nova estratégia no Iraque, que os líderes democratas criticaram como uma "perigosa escalada" do conflito.

"Se o presidente quer aumentar essa missão, ele terá de justificar isso. E esse fato é novo, pois até agora o Congresso republicano lhe havia dado um cheque em branco sem supervisão, sem padrões, sem condições", disse Nancy durante o programa Face the Nation, na rede CBS.

Ela falou especificamente sobre um possível pedido de fundos adicionais para as tropas americanas. O número 2 na chefia da Câmara, o democrata Steny Hoyer, também disse hoje – à TV Fox News – que os deputados deveriam prestar atenção ao suposto plano da Casa Branca de ajuda econômica para o Iraque no valor de US$ 1 bilhão.

A nova estratégia para o Iraque, que Bush deve anunciar esta semana, possivelmente em um discurso na quarta-feira, deve pedir o envio de mais soldados americanos – o número total pode chegar a 20 mil homens – a Bagdá, suplementado por um programa de trabalho com um custo de US$ 1 bilhão. O programa teria com.

objetivo empregar iraquianos em projetos que incluiriam pintura de escolas e limpeza de ruas, revelaram hoje funcionários americanos. Três brigadas de combate seriam enviadas em meados do próximo mês a Bagdá – consumida por uma onda de violência entre sunitas e xiitas – e mais duas ficariam em estado de alerta nos EUA, que já têm 140 mil homens no Iraque.

Os anteriores esforços dos EUA de reconstrução do Iraque fracassaram e a nova liderança democrata no Congresso, assim como alguns republicanos, têm questionado se o aumento de tropas não vai apenas adiar o inevitável momento em que as força.

iraquianas terão de assumir a segurança do país.

Um fator de grande pressão é o elevado número de soldados americanos mortos desde o início da invasão, em março de 2003, que hoje chegou a 3.009 com a morte de 3 soldados na explosão de uma bomba em Bagdá. Pelo menos 14 pessoas morreram hoje no Iraque, apesar dos esforços dos soldados iraquianos para combater as milícias e conter a violência sectária em Bagdá. A polícia também encontrou 17 corpos na capital e mais 4 em Suwayra, todos com sinais de tortura.

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