O julgamento do caso Richthofen, que durou cinco longos dias, é apenas um dos parâmetros para saber quanto tempo Suzane e os irmãos Cravinhos permanecerão presos. Por maior que seja a sentença, no Brasil uma pessoa pode ficar presa por, no máximo, 30 anos em cada condenação.
Mesmo em se tratando de crime hediondo, ainda há meios de reduzir o tempo de cadeia a dois terços do decidido pelo juiz. Dessa conta final, ainda serão deduzidos 3 anos e 9 meses que os três já cumpriram desde que confessaram o assassinato dos pais da garota, incluindo os meses – um ano, no caso de Suzane – que foram passados em casa, em prisão domiciliar. ?Pena é diferente de tempo na cadeia?, explica o criminalista Sergei Cobra Arbex, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil.
Depois que os condenados vão para a prisão, os advogados podem pedir a progressão da pena para regimes mais amenos. Em um crime comum, com apenas um sexto da pena cumprida, o criminoso pode conseguir evoluir para o regime semi-aberto, em que sai para trabalhar durante o dia e volta para o presídio para dormir. Com um terço, o benefício pode ser a liberdade condicional. Em crimes hediondos, a progressão é permitida só após dois terços do tempo atrás das grades. O sentenciado tem de comprovar bom comportamento.