Pedro deu outra versão para o seu afastamento do time do Santos. O lateral disse que não pediu aumento e nem pediu para sair ou participou das negociações para antecipar a renovação do seu contrato, inicialmente prevista para o fim de abril.
O jogador confirmou apenas ter comunicado a Vanderlei Luxemburgo duas propostas que recebeu de clubes da Europa, além de sondagens sob a possibilidade de sua saída da Vila Belmiro, com o pagamento da multa contratual.
"O que aconteceu foi que no sábado passado (dia 24 de fevereiro) meu procurador (Teodoro Fonseca) foi chamado pelo presidente Marcelo Teixeira e pelo vice Norberto Moreira da Silva à Vila Belmiro. O clube ofereceu um aumento salarial a partir deste mês e um contrato de três anos. O meu empresário, Juan Figer, participou da conversa por telefone. Isso é o que eu sei", afirmou Pedro, que nem estava na Baixada Santista naquele dia.
O jogador disse que ficou contente ao tomar conhecimento da oferta do Santos. "Afinal, a valorização partiu do clube." A substituição de Pedro – sequer ficou na reserva – por Denis contra o Defensor Sporting, na quinta-feira, foi uma surpresa.
Após a partida, Luxemburgo falou durante seis minutos sobre o impasse entre o clube e o jogador, que chegou a ser chamado de ingrato pelo técnico. Luxemburgo afirmou, também, que Pedro só aceitava assinar um novo contrato na presença de Figer e Fonseca que estariam no exterior, sem mencionar a reunião do sábado anterior.
"Deixo claro que não havia pedido nada. Inclusive falei para o Luiz Henrique ontem (sábado) que não quero saber nada sobre essa história de contrato. O que resolverem estará bem", afirmou Pedro, que vem treinando entre os reservas e não tem participado das concentrações.
A mágoa de Luxemburgo tem uma explicação. Quando o Pedro se recuperava de uma contusão no Reffis do São Paulo, o seu empresário (Figer) teve que registrá-lo na Iraty, do Paraná, para não perder o seu vínculo, e nenhum clube se mostrava disposto a dar a segunda chance a um jogador com fama de gostar de noitadas.
O técnico santista abriu as portas para o lateral, oferecendo-lhe um contrato de risco, curto, e por isso acha que tem direitos sobre ele. Só faltou contar um detalhe: o Santos quer que Pedro assine contrato por três anos e não apenas até dezembro, conforme o combinado.